CNC mantém expectativa de queda para o varejo em 2016

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O volume de vendas do comércio varejista brasileiro avançou 2% entre os meses de outubro e novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10) pelo IBGE.
 
Apesar de o resultado interromper uma sequência de quedas dos últimos quatro meses e representar o maior desempenho mensal desde julho de 2013, quando as vendas aumentaram 2,9%; na comparação anual – de novembro de 2015 com novembro de 2016 – a queda foi de 3,5%, sendo o vigésimo mês seguido de queda. O acumulado nos últimos doze meses até novembro de 2016 traz um recuo de 6,5%, o que mantém o varejo na trajetória negativa iniciada em maio de 2015 (-0,5%).
 
Diante das condições econômicas ainda desfavoráveis, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manteve suas expectativas de queda do varejo restrito entre 6,0% e 6,5% e um recuo entre 9% e 9,5% para o varejo ampliado (que inclui veículos automotores e materiais de construção) em 2016. Para a assessora Econômica da Confederação Juliana Serapio, o resultado quase compensa a queda acumulada de 2,3% entre os meses de julho e outubro. “O resultado veio melhor que o teto do intervalo de estimativas esperadas pelos analistas de mercado, que aguardavam uma queda de 1% e a alta de 1,4%, com mediana positiva de 0,3%”, afirma Juliana.
 
Black Friday antecipou vendas de Natal
 
O resultado positivo demonstrado na pesquisa do IBGE, em novembro, foi acompanhado pela maioria das atividades analisadas, com destaque para o desempenho nas vendas de setores como Outros  artigos de uso pessoal e doméstico  (7,2%), seguido  pelo  setor de Equipamentos  de  escritório, informática  e  comunicação,  com  avanço  de  4,3%, de Móveis e eletrodomésticos (2,1%),  de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). “Todos os segmentos foram influenciados pelas promoções da Black Friday, antecipando a sazonalidade de dezembro, por conta das vendas de Natal, para novembro, fato que se repete desde 2014”, afirma a assessora Econômica da CNC. 

Fonte: CNC

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