Os fatores determinantes para essa queda foram justamente os subíndices que medem as expectativas dos empresários (IEEC), que recuou 2,3%, em relação a março, e a intenção de investimentos (IIEC), que caiu 1,9%, já que, em relação à satisfação com as condições atuais (Icaec), houve até uma leve melhora, de 0,4%, em relação ao mesmo período do mês anterior.
Segundo a pesquisa, 58,2% dos varejistas veem a situação atual do comércio melhor que há um ano, indicando o maior grau de satisfação para meses de abril desde 2011, quando 61,1% se declararam satisfeitos com o ritmo das vendas.
“As vendas do comércio do início do ano apresentaram as maiores taxas de crescimento desde 2014, o que gerou expectativas positivas para 2019”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “No entanto, a perda na força das vendas e o ritmo das medidas que poderiam dar sustentabilidade à retomada do crescimento, como a reforma da Previdência, vêm contribuindo para um cenário de cautela do empresário, o que se reflete na queda do Icec”, completou.
Outro fator de destaque no resultado da pesquisa da CNC é o mercado de trabalho, que, influenciado pela cautela nos investimentos, apresenta graus de informalidade e subtilização da força de trabalho em patamares significativamente elevados.
Um em cada quatro varejistas ainda vê estoques acima do adequado
Atualmente, 24,4% dos empresários do varejo percebem acúmulo involuntário de estoques nos seus estabelecimentos comerciais – nível semelhante ao de março (24,3%), porém abaixo daquele observado em abril do ano passado, que foi de 27,4%.
Entre os entrevistados, 70,3% relataram disposição para contratar funcionários nos próximos meses, enquanto 47,4% têm planos de investir em novas lojas ou ampliação dos pontos de venda atuais.
Com perspectiva de crescimento ligeiramente maior neste ano (+5,2%) em relação ao ritmo verificado em 2018 (+5,0%), a CNC projeta saldo positivo de 109 mil postos de trabalho formal no varejo e abertura líquida de 23,3 mil novos pontos de venda em 2019.